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Título: | Uso do farelo de Ulva fasciata como ingrediente em dietas para larvas de tilápia-do-Nilo Oreochromis niloticus. |
Orientador: | STERZELECKI, Fábio Carneiro |
Autor(es): | PEREIRA, Marcelo Menezes de Britto |
Palavras-chave: | Tilápia-do-nilo Oreochromis niloticus Larvicultura Ulva fasciata Nutracêuticos Macroalga Larviculture Seaweed |
Data do documento: | 2023-04-28 |
Editor: | UFRA / Campus Belém |
Citação: | PEREIRA, Marcelo Menezes de Britto. Uso do farelo de Ulva fasciata como ingrediente em dietas para larvas de tilápia-do-Nilo Oreochromis niloticus. Orientador: Prof. Dr. Fábio Carneiro Sterzelecki. 2023. 78 f. Dissertação (Mestrado em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais) - Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém, 2023. Disponível em: . Acesso em: . |
Resumo: | Produções aquícolas de peixes tropicais costumam apresentar altos índices de mortalidade na fase de larvicultura, pois as larvas apresentam estruturas anatômicas e fisiológicas ainda em formação. O manejo e a adoção de tecnologia inapropriada podem comprometer o rendimento das demais fases do ciclo, reduzindo a produtividade devido às perdas no plantel e resultando em quantidade de juvenis menor que a planejada. Além disso, uma larvicultura ineficaz tende a gerar animais de baixa qualidade, com menores taxas de crescimento e mais susceptíveis a doenças. Em contraponto, um manejo alimentar adequado, com dietas balanceadas, pode levar a uma melhoria na produção dessas espécies, em termos qualitativos e quantitativos. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da inclusão do farelo de alga seca triturada da espécie Ulva fasciata como ingrediente em dietas formuladas durante a larvicultura da tilápia-do-Nilo Oreochromis niloticus e, posteriormente, verificar a sobrevivência e as respostas sanguíneas dos animais quando submetidos a situações de estresse, no caso, exposição ao ar e choque osmótico. O experimento foi dividido em duas fases (I e II) e teve duração total de 75 dias. O estudo foi realizado em delineamento inteiramente casualizado, com seis tratamentos, níveis de inclusão do ingrediente U. fasciata seca e triturada nas proporções de 0, 2,5%, 5%, 7,5%, 10% e 12,5%. Ao final de ambas as fases não houve diferença estatística para a sobrevivência. Ao final da Fase 1 (primeiros 30 dias de alimentação exógena), o aumento do nível de inclusão do farelo de U. faciata proporcionou uma diminuição no desempenho das larvas. Na Fase 2 não houve diferença estatística para os parâmetros de desempenho avaliados e o fator de condição; com exceção da TCE, que foi maior nos juvenis alimentados com as dietas contendo de 7,5 a 12,5% de inclusão do farelo de U. fasciata, em comparação aos tratamentos que receberam as dietas contendo 0 e 2,5%. As dietas contendo os maiores níveis de inclusão de U. fasciata proporcionaram os maiores níveis de glicose sanguínea em comparação aos demais tratamentos. Nos testes de estresse, os juvenis apresentaram aumento dos níveis de glicose logo após o estresse, e esses níveis retornaram aos valores basais 24h após os testes. A inclusão de 5% do farelo de U. fasciata levou a um menor aumento no nível de glicose sanguínea após a avaliação de exposição ao ar. Ainda, a mortalidade foi superior após 96 h no tratamento em que os peixes receberam 12,5% do farelo de U. fasciata. As médias de proteína e matéria mineral da análise corporal foram semelhantes entre os tratamentos. A concentração de umidade e lipídeos foram diferentes e inversamente proporcionais entre os tratamentos. Considerando as Fases 1 e 2 do experimento, pode-se recomendar a inclusão de 2.5% em sua formulação, sem prejuízos para o desempenho, sem alterações nos níveis de glicose sanguínea e com boa resposta ao desafio por estresse aéreo. Níveis superiores de inclusão devem ser avaliados mais profundamente no futuro, pois há indícios de uma possível modulação da resposta glicêmica à situação de estresse. |
Abstract: | Aquaculture of tropical fish usually present high mortality rates in the larviculture phase, as the larvae have anatomical and physiological structures still in formation. The management and adoption of inappropriate technology can compromise the yield of the other phases of the cycle, reducing productivity and resulting in a lower number of juveniles. In addition, an ineffective larviculture tends to generate animals of low quality, with lower growth rates and more susceptible to diseases. On the other hand, adequate food management with balanced diets can lead to an improvement in the production, in qualitative and quantitative terms. Thus, the present study aimed to evaluate the effects of the seaweed meal Ulva fasciata as an ingredient in formulated diets during larviculture of Nile tilapia Oreochromis niloticus and, subsequently, to verify the survival and responses blood pressure of animals when subjected to stress management, ie. air exposure and osmotic shock. The experiment was divided into two phases (I and II), totaling 75 days. The study was carried out in a completely randomized design, with six treatments, inclusion levels of U. fasciata meal: 0, 2.5%, 5%, 7.5%, 10% and 12.5%. At the end of both phases there was no statistical difference for survival. At the end of Phase 1 (first 30 days of exogenous feeding), the increase in the U. fasciata meal levels’ resulted in a decreasing in larval performance. In Phase 2, there was no statistical difference for the performance parameters and the condition factor; with the exception of Specific growth rate (SGR), which was higher in juveniles fed diets containing 7.5 to 12.5% of U. fasciata meal compared to treatments that received diets containing 0 and 2.5%. Diets containing the highest levels of U. fasciata provided the highest levels of blood glucose compared to the other treatments. In the stress tests, the juveniles showed an increase in glucose levels shortly after the stress, and these levels returned to baseline values 24h after the tests. 5% of U. fasciata meal led to a smaller increase in blood glucose level after air exposure. Still, mortality was higher after 96 h in the treatment in which the fish received 12.5% of U. fasciata meal. The body protein and mineral matter were similar between treatments. Moisture and lipids were different and inversely proportional between treatments. Considering Phases 1 and 2 of the experiment, 2.5% of U. fasciata meal in dietary formulation can be recommended, without prejudice to performance and with no changes in blood glucose levels and a good response to the air stress challenge. Higher inclusion levels should be further evaluated in the future, as there were indications of a possible modulation of the glycemic response to the stressful situation. |
URI: | http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1971 |
Aparece nas coleções: | Dissertações - Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais |
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