O Repositório Institucional da Universidade Federal Rural da Amazônia (RIUFRA) é um dispositivo de armazenamento e disseminação das obras intelectuais da UFRA, produzidas no âmbito das atividades de pesquisa, ensino e extensão da instituição. É composto de documentos em formato digital, provenientes das atividades desenvolvidas pelo corpo docente, discente e técnico-administrativo da UFRA e por obras elaboradas a partir de convênio ou colaboração entre a instituição e outros órgãos publicados em autoria e/ou coautoria.
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http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1981
Title: | Florestas para pessoas: garantias de direitos e de cidadania com sustentabilidade na Amazônia. |
Authors: | LIMA, César Augusto Tenório de ALMEIDA, Oriana Trindade de |
Keywords: | Amazônia - Aspectos ambientais Biodiversidade - Amazônia Cidadania Florestas - Amazônia - Brasil Manejo florestal sustentável Sustentabilidade ambiental |
Issue Date: | 2023-06-01 |
Publisher: | Grupo acadêmico produção do território e meio ambiente na Amazônia / UFPA |
Citation: | LIMA, César Augusto Tenório de; ALMEIDA, Oriana Trindade (org). Florestas para pessoas: garantias de direitos e de cidadania com sustentabilidade na Amazônia. Belém: GAPTA/UFPA, 2023. Disponível em : http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1981. Acesso em: |
Resumo: | FLORESTAS PARA SEMPRE. Cobrindo mais de 30% da área terrestre global, da qual guarda a biodiversidade e para a qual fornece serviços ecossistêmicos importantes para a manutenção da vida, as florestas trazem inúmeros benefícios sociais, ambientais e econômicos para as pessoas. DIFERENTE DO QUE MUITOS PENSAM. Uma floresta não é um conjunto de árvores, que ocupa uma porção de terra; uma floresta é um sistema complexo, responsável por um conjunto de processos ecológicos, que proporciona condições ambientais e paisagísticas específicas e que gera espaços multifuncionais, que abrigam mosaicos de funções e de interações entre elementos bióticos e abióticos de ecossistemas componentes, ou seja, ar, água, solo, fauna e flora em geral. ECOLOGIA HUMANA. O sistema está disponível, para que as pessoas se utilizem de bens e de serviços, provenientes das interações ecológicas, de forma que tenham qualidade de vida, a partir da obtenção de renda com o manejo da floresta, gerando produção com sustentabilidade, promovendo a sociobioeconomia e, como consequência, garantindo a conservação da natureza. INFELIZMENTE NÃO TEM SIDO ASSIM. As pessoas das florestas (os extrativistas) não têm conseguido garantir seu bem viver e estão à margem da sociedade, buscando “sobreviver” com o mínimo. Esse quadro social se dá principalmente pela falta de acessos à educação, a políticas públicas consistentes e a crédito, bem como pela concorrência desleal com outros níveis da economia. INVISIBILIDADE COMUNITÁRIA. Apesar de a Amazônia já somar mais de 50 anos de experiências em manejo florestal, de ensino em Engenharia Florestal e de investimento na ampliação da economia, os comunitários, ou seja, os usuários das florestas, ainda não estão incluídos nestas estatísticas. INICIATIVAS PROMISSORAS NA AMAZÔNIA. A presente obra traz uma importante contribuição nesta direção, ao reunir, em um único volume, trabalhos de grande relevância sobre iniciativas de manejo de florestas tropicais, realizados por grupos sociais e por comunidades, que retratam e que discutem o direito de pessoas que vivem na floresta, em função dos recursos naturais, bem como as formas de cidadania destes coletivos. As sessões, além da garantia de direitos e de cidadania, apresentam abordagens necessárias sobre florestas socioprodutivas sustentáveis, a partir da governança de uso comum. MUITO AINDA PRECISA SER FEITO. São urgentes a estruturação e o fomento a programas e a projetos educacionais e de capacitação, voltados a atender pessoas que desejam manejar as florestas, para obtenção de bens e de serviços, assim como é fundamental o desenvolvimento de ações que promovam a organização e a regularização sociais dos comunitários, para que estes se tornam aptos a acessar oportunidades de negócios produtivos. No mesmo caminho, é essencial promover assistência técnica florestal de formas contínua e consistente, regulamentação do manejo de produtos não madeireiros, que garantam a competitividade, políticas públicas efetivas para os povos da floresta, obtenção de linhas de crédito e de fomento, que permitam o acesso de agroextrativistas a produtos e a subprodutos culturalmente manejados, além do respeito aos territórios das comunidades tradicionais locais, entre tantas lacunas e dívidas ancestrais, contraídas com pessoas que vivem nas, das e para as florestas. APESAR DA GRANDE LACUNA. É pacífica a compreensão de que as pessoas das florestas são suas manejadoras mais eficientes, pois suas atividades de uso dos recursos naturais são desenvolvidas, com base no respeito ao equilíbrio ambiental e sustentadas no conhecimento tradicional sobre o patrimônio genético. Tais pessoas são capazes de conciliar sociobioeconomia e conservação, pois respeitam os limites produtivos das espécies e as relações inter e intraespecíficas, mantendo a floresta viva, produtiva, e gerando emprego e renda — isso é sustentável. FLORESTAS PARA PESSOAS. Essa obra vem se somar a outras iniciativas, voltadas ao tema, e nos premia com dados e com informações relevantes e necessárias, resultados de pesquisas de pessoas que alinham o compromisso da ciência com a sustentabilidade, entendendo que o sustentável é conhecer a biodiversidade, as inter-relações essenciais a sua manutenção, e buscar a obtenção de uma produção justa, equitativa e constante. As florestas são fontes de recursos naturais, porém não são inesgotáveis, e cabe à humanidade proteger estas áreas e as pessoas que nelas habitam. |
URI: | http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1981 |
Appears in Collections: | Paragominas - Livros e Folhetos |
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