O Repositório Institucional da Universidade Federal Rural da Amazônia (RIUFRA) é um dispositivo de armazenamento e disseminação das obras intelectuais da UFRA, produzidas no âmbito das atividades de pesquisa, ensino e extensão da instituição. É composto de documentos em formato digital, provenientes das atividades desenvolvidas pelo corpo docente, discente e técnico-administrativo da UFRA e por obras elaboradas a partir de convênio ou colaboração entre a instituição e outros órgãos publicados em autoria e/ou coautoria.
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http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/2069
Título: | Determinação do volume de resíduos lenhosos pelo método das linhas Interseptadoras na Amazônia brasileira. |
Orientador: | SCHWARTZ, Gustavo |
Autor(es): | NUNES, Fiama Kelly Melo |
Palavras-chave: | Linha interceptadora Manejo de mínimo impacto Layouts Estimativa de volume Resíduos lenhosos grossos Reduced impact logging Intercepted line |
Data do documento: | 2023-10-02 |
Editor: | UFRA - Campus Belém |
Citação: | NUNES, Fiama Kelly Melo. Determinação do volume de resíduos lenhosos pelo método das linhas Interseptadoras na Amazônia brasileira. Orientador: Gustavo Schwartz. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) - Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém, 2023. Disponível em: http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/2069. Acesso em: . |
Resumo: | Os resíduos lenhosos grossos são definidos como todo material morto e caído no chão da floresta, com diâmetro igual ou superior a 10 cm. Em áreas de floresta manejada, incluem-se ainda partes de árvores colhidas não retiradas da floresta, como galhadas, bifurcações, sapopemas, além de partes tortuosas de troncos e galhos. Nesse contexto, o aproveitamento de resíduos para fins energéticos, serrarias, carvão e produção de móveis, pode ser uma alternativa para otimizar a produção florestal. O uso depende de variáveis como o grau de decomposição e classe diamétrica. A estimativa do volume desse material é importante para a tomada de decisão sobre a sua viabilidade e pode ser realizada por diversos métodos. Uma alternativa de baixo custo e boa precisão, é o método das linhas interceptadoras, as quais podem formar diferentes layouts em campo, embora seja necessário definir o formato mais eficiente. Nesse sentido, as questões norteadoras desta pesquisa foram: a) Existe diferença entre os layouts para a estimativa de volume de resíduos lenhosos grossos?; b) O comprimento da linha-amostra influencia na determinação de resíduos lenhosos grossos entre os layouts?; c) Os layouts apresentam a mesma distribuição diamétrica para o volume de resíduos lenhosos grossos?; d) Os layouts diferem quanto à estimativa de volume de resíduos por classe de decomposição? e e) Quais são as classes de uso mais frequentes entre os layouts? Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar e definir o layout mais adequado para a estimativa de volume de resíduos gerados pela exploração de impacto reduzido, na Reserva Extrativista Verde Para Sempre, município de Porto de Moz, estado do Pará, Amazônia. Foram amostradas linhas de 1000 m em uma área de 100 hectares, onde todas as peças (diâmetro ≥ 10 cm) que tocavam as linhas-amostra foram catalogadas. Cada layout testado (formatos de Cruz, L, Linha e Quadrado) foi caracterizado como um tratamento, com 18 repetições em delineamento inteiramente casualizado. Além disso, em cada layout avaliou-se o volume de resíduos por categoria de uso (carvão/lenha, pequenos móveis/artefatos, serraria e sem aproveitamento), classe de decomposição (sem degradação perceptível, leves sinais de deterioração e estágio avançado de decomposição) e classe diamétrica. Uma regressão entre o volume estimado e o comprimento da linha-amostra também foi realizada, que mostrou uma melhor amostragem com o aumento do comprimento das linhas. Os resultados indicaram a semelhança entre os layouts para a estimativa de volume (p > 0,05), de acordo com a Análise de Variância, além de coeficiente de variação muito alto (> 30%). Apesar disso, os layouts L e Quadrado apresentaram os menores erros padrão (9,30% e 9,69%, respectivamente). Em todos os layouts a distância apresentou regressão positiva e significativa para a estimativa de volume, adicionalmente os maiores volumes foram encontrados nas classes de diâmetro superiores. Os layouts foram semelhantes na estimativa de volume por classes de decomposição e em todos, o uso para produção carvão e lenha foi o mais recorrente, com mais de 50% do volume. Portanto, constatou-se a eficiência do método de linhas interceptadoras para a estimativa de resíduos lenhosos grossos e, considerando o menor erro amostral, a maior abrangência de classes diamétricas e a facilidade de execução em campo, recomenda-se o uso do layout do tipo quadrado. |
Abstract: | Coarse woody debris is defined as all dead material that has fallen on the forest floor with a diameter equal to or greater than 10 cm. In managed forest areas, this also includes harvested tree parts that have not been removed from the forest, such as branches, forks, stumps, as well as twisted portions of trunks and branches. In this context, utilizing this coarse woody debris for energy purposes, sawmills, charcoal, and furniture production can be an alternative to optimize forest production. The utilization depends on variables like the degree of decomposition and diameter class. Estimating the volume of this material is crucial for decision-making regarding its feasibility and can be performed through various methods. A low-cost and accurate alternative is the method of intercept lines, which can take on different layouts in the field, although determining the most efficient format is necessary. In this regard, the guiding questions of this research were: a) Is there a difference between layouts for estimating the volume of coarse woody debris?; b) Does the length of the sample line influence the determination of coarse woody debris among layouts?; c) Do layouts exhibit the same diameter distribution for the volume of woody debris?; d) Do layouts differ in estimating volume based on decomposition class?; and e) What are the most frequent usage classes among the layouts? Therefore, the objective of this work was to evaluate and define the most appropriate layout for the estimation of the volume of waste generated by the exploration of reduced impact, in the Green Forever Extractive Reserve, municipality of Porto de Moz, state of Pará, Amazon. Lines of 1000 m were sampled in an area of 100 hectares, where all pieces (diameter ≥ 10 cm) touching the sample lines were cataloged. Each tested layout (Cross, L, Line, and Square shapes) was characterized as a treatment, with 18 repetitions in a completely randomized design. Additionally, in each layout, the volume of debris was evaluated by usage category (charcoal/firewood, small furniture/artifacts, sawmill, and no use), decomposition class (no noticeable degradation, slight signs of deterioration, advanced stage of decomposition), and diameter class. A regression between the estimated volume and the length of the sample line was also conducted, showing better sampling with increased line length. The results indicated similarity between layouts for volume estimation (p >0.05), according to Analysis of Variance, with a very high coefficient of variation (>30%). Nonetheless, layouts L and Square showed the smallest standard errors (9.30% and 9.69%, respectively). In all layouts, distance showed a positive and significant regression for volume estimation; furthermore, larger volumes were found in higher diameter classes. Layouts were similar in volume estimation for decomposition classes, and in all of them, the most frequent usage was for coal and firewood, accounting for more than 50% of the volume. Thus, the efficiency of the intercept line method for estimating coarse woody debris was confirmed, and considering the lower sampling error, broader diameter class coverage, and ease of field execution, the use of the square-type layout is recommended. |
URI: | http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/2069 |
Aparece nas coleções: | Dissertações - Ciências Florestais |
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