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http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/2212
Title: | Avaliação molecular sobre o status taxonômico e populacional de um recurso pesqueiro criticamente ameaçado de extinção: Isogomphodon oxyrhynchus (Valenciennes, 1839). |
Advisor: | RODRIGUES FILHO, Luis Fernando da Silva |
Authors: | FIGUEIREDO, Paula Nogueira de |
Keywords: | Carcharhinidae Carcharhinus Oxyrhynchus Pesca Isogomphodon oxyrhynchus Sistemática Filogenética Espécie Endêmica About Fishing Control Region Phylogenetic Systematics Endemic Species |
Issue Date: | 2024-03-22 |
Publisher: | Ufra - Campus Belém |
Citation: | FIGUEIREDO, Paula Nogueira de. Avaliação molecular sobre o status taxonômico e populacional de um recurso pesqueiro criticamente ameaçado de extinção: Isogomphodon oxyrhynchus (Valenciennes, 1839). Orientador: Dr. Luis Fernando da Silva Rodrigues Filho. 2024. 92 f. Dissertação (Mestrado em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais) - Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém, 2024. Disponível em: http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/2212. Acesso em: . |
Resumo: | A família Carcharhinidae, composta por espécies de tubarões amplamente conhecidos, enfrenta um debate sobre sua classificação interna, especialmente em relação ao gênero Carcharhinus. O gênero Carcharhinus Blainville, 1816, mostra-se parafilético em relação a táxons morfologicamente distintos. Dentre eles, o tubarão pato, Isogomphodon oxyrhynchus (Valenciennes, 1839), é uma espécie endêmica do Atlântico Ocidental, com distribuição entre Trinidad e Tobago e o Golfo do Maranhão no norte do Brasil uma das menores áreas de distribuição de qualquer espécies de elasmobrânquios e tem enfrentado uma drástica redução populacional nas últimas décadas devido a impactos antrópicos, declínio este, que resultou em sua classificação como criticamente ameaçado pela IUCN na última avaliação feita para a espécie em 2019. No entanto, há um debate considerável sobre a validade da espécie (I. oxyrhynchus) e o status de Isogomphodon Gill, 1862 como um táxon distinto do gênero Carcharhinus. Advindo da necessidade de entender essa relação, o presente estudo molecular foi conduzido para avaliar a validade genética de I. oxyrhynchus, utilizando marcadores mitocondriais e nucleares. As análises confirmaram a parafilia do gênero Carcharhinus, agrupando I. oxyrhynchus com Carcharhinus porosus, corroborando a reclassificação de I. oxyrhynchus como Carcharhinus oxyrhynchus, assim como, Prionace glauca (Linnaeus, 1758) deve ser Carcharhinus glaucus, respectivamente. A divergência de C. oxyrhynchus de C. porosus ocorreu durante o Mioceno, associada a eventos geomorfológicos na costa norte da América do Sul, especialmente relacionados à configuração do rio Amazonas. Suas características distintas são adaptações ecológicas autapomórficas ao habitat da pluma amazônica, não indicando uma distinção sistemática significativa em relação a outros membros de Carcharhinus. Aliado a isto, estudos recentes têm explorado a variabilidade genética em tubarões através do DNA mitocondrial, destacando a região controle (RC) como uma ferramenta valiosa para inferências filogenéticas. Apesar da baixa variação genética em alguns grupos de tubarões, a RC apresentava um potencial para auxiliar nas análises e fornecer suporte para dados filogenéticos. Para isso foram analisadas 40 espécies de tubarões de quatro famílias da ordem Carcharhiniformes, buscando identificar padrões na estrutura da RC, definindo blocos funcionais e conservados. A extração de DNA e sequenciamento foram realizados, mapeando segmentos conservados e variáveis, para realizar a descrição da RC para as quatro famílias. Os resultados subdividiram a CR em três domínios, destacando blocos funcionais como TAS-1, TAS-2, CSB-F, CSB-1, CSB-2 e CSB-3, com CSB-F predominante na porção central. Em comparação com mamíferos e teleósteos, os tubarões mostraram variação nas composições nucleotídicas nos domínios 5', central e 3'. A taxa de variação no mtDNA dos Carcharhiniformes foi notável, revelando padrões comuns em sequências de vertebrados. Essas descobertas ampliam o potencial da CR para pesquisas filogenéticas e populacionais em tubarões. |
Abstract: | The Carcharhinidae family, made up of widely known shark species, faces debate over its internal classification, especially in relation to the genus Carcharhinus. The genus Carcharhinus Blainville, 1816, is paraphyletic in relation to morphologically distinct taxa. Among them, the duck shark, Isogomphodon oxyrhynchus (Valenciennes, 1839), is a species endemic to the Western Atlantic, distributed between Trinidad and Tobago and the Gulf of Maranhão in northern Brazil, one of the smallest distribution areas of any species of elasmobranchs and has faced a drastic population reduction in recent decades due to anthropogenic impacts, a decline that resulted in its classification as critically endangered by the IUCN in the last assessment made for the species in 2019. However, there is considerable debate about the validity of the species ( I. oxyrhynchus) and the status of Isogomphodon Gill, 1862 as a distinct taxon of the genus Carcharhinus. Arising from the need to understand this relationship, the present molecular study was conducted to evaluate the genetic validity of I. oxyrhynchus, using mitochondrial and nuclear markers. The analyzes confirmed the paraphyly of the genus Carcharhinus, grouping I. oxyrhynchus with Carcharhinus porosus, corroborating the reclassification of I. oxyrhynchus as Carcharhinus oxyrhynchus, as well as Prionace glauca (Linnaeus, 1758) should be Carcharhinus glaucus, respectively. The divergence of C. oxyrhynchus from C. porosus occurred during the Miocene, associated with geomorphological events on the north coast of South America, especially related to the configuration of the Amazon River. Its distinctive features are autapomorphic ecological adaptations to the Amazon plume habitat, not indicating a significant systematic distinction from other members of Carcharhinus. In addition, recent studies have explored genetic variability in sharks through mitochondrial DNA, highlighting the control region (RC) as a valuable tool for phylogenetic inferences. Despite the low genetic variation in some groups of sharks, CR had the potential to aid analyzes and provide support for phylogenetic data. For this, 40 species of sharks from four families of the order Carcharhiniformes were analyzed, seeking to identify patterns in the structure of the RC, defining functional and conserved blocks. DNA extraction and sequencing were performed, mapping conserved and variable segments, to describe the CR for the four families. The results subdivided CR into three domains, highlighting functional blocks such as TAS-1, TAS-2, CSB-F, CSB-1, CSB-2 and CSB-3, with CSB-F predominant in the central portion. Compared to mammals and teleosts, sharks showed variation in nucleotide compositions in the 5', central and 3' domains. The rate of variation in Carcharhiniformes mtDNA was remarkable, revealing common patterns in vertebrate sequences. These findings expand the potential of CR for phylogenetic and population research in sharks. |
URI: | http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/2212 |
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