
O Repositório Institucional da Universidade Federal Rural da Amazônia (RIUFRA) é um dispositivo de armazenamento e disseminação das obras intelectuais da UFRA, produzidas no âmbito das atividades de pesquisa, ensino e extensão da instituição. É composto de documentos em formato digital, provenientes das atividades desenvolvidas pelo corpo docente, discente e técnico-administrativo da UFRA e por obras elaboradas a partir de convênio ou colaboração entre a instituição e outros órgãos publicados em autoria e/ou coautoria.
Please use this identifier to cite or link to this item:
http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/2534
Title: | Medicalização no creas: Práticas de governo psicologizantes em análise. |
Advisor: | LEMOS http://lattes.cnpq.br/8132595498104759, Flávia Cristina Silveira https://orcid.org/0000-0003-4951-4435 |
Authors: | AQUIME http://lattes.cnpq.br/5409321115395105, Rafaele Habib Souza |
Keywords: | Psicologia Medicalização Psicologização Governo das Condutas Arqueogenealogia CREAS SUAS Psychology Medicalization Conduct Government Archeogenealogy |
Issue Date: | 2025-02-07 |
Publisher: | UFPA |
Citation: | AQUIME, Rafaele Habib Souza.A medicalização do CREAS: práticas do governo psicolizantes em análise. Orientador: Silvio José Benelli. 260 f. 2021. Tese(Doutorado em psicologia) - Universidade Federal do Pará- Instituto de Filosofia e Ciências humanas, Belém, 2021. Disponível em: http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/2534. Acesso em |
Resumo: | Esta tese discute as práticas medicalizantes e psicologizantes no Sistema Único de Assistência Social (SUAS), especialmente no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). Trata-se de um estudo histórico-genealógico, de cunho documental e bibliográfico cujas fontes são: a) documentos produzidos por trabalhadores (as) do CREAS localizado no município de Tomé-Açu, Pará; b) entrevista com a psicóloga desse estabelecimento assistencial; c) bem como os programas e serviços propostos pela referida política pública, elencados nos seguintes documentos oficiais: Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), a Política Nacional de Assistência Social (PNAS), a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, Orientações Técnicas: Centro de Referência Especializado de Assistência Social e a Norma Operacional Básica de Recursos Humanos (NOB-RH/SUAS). Interrogou-se como problema de pesquisa: Quais as práticas de saber, poder e subjetivação que a Psicologia opera no CREAS? De que modo? E quais são os efeitos? Deste modo, investigou-se os enquadramentos do sujeito psi pela análise genealógica da Psicologia como ciência do indivíduo, que privilegia a subjetividade normalizada e interiorizada, além das suas aproximações com o saber médico. Discutiu-se ainda as intercessões do processo de medicalização com a psicologização; o processo de institucionalização da Assistência Social no Brasil e os aspectos instituintes, instituídos, transversais, de autogestão e de restituição que compõem as intervenções no CREAS. Também debateu-se sobre os atravessamentos e reprodução de práticas confessionais à Psicologia sob o regime de verdade e o foco familista na responsabilização das demandas assistidas relacionadas as diferentes violações de direitos. Elencou-se como Analisadores: Matricialidade Sociofamiliar, Sujeito e Público Atendido, Gestão do Trabalho, Vigilância Socioassistencial, Território, Risco e Vulnerabilidade social e analisou-se as estratégias de governamentalidade no CREAS e as articulações com os dispositivos de segurança e de controle. Outra questão problematizada foram os saberes psi como produtores de modos de subjetivação baseado no empreendedorismo de si a partir da arte de governar neoliberal, bem como o debate a respeito das colonialidades de poder, ser, gênero, com destaque para a participação política da mulher no SUAS. E ainda foram mapeadas as contribuições do feminismo descolonial com as interseccionalidades de gênero, raça/etnia, e classe para descolonizar a Psicologia e romper com as encomendas de um saber “expert”. Por fim, apostou-se nas articulações micro e macropolíticas no CREAS e os encontros como potências criadoras, desmedicalizantes e despsicologizantes. |
Abstract: | This thesis discusses medicalizing and psychologizing practices in the Unified Social Assistance System (SUAS), especially in the Specialized Reference Center for Social Assistance (CREAS). It is a historical-genealogical study of documentary and bibliographic nature whose sources are: a) documents produced by workers from CREAS placed in Tomé-Açu city, Pará, b) interview with psychologist of that unity, c) as well as the programs and services proposed by the public political, listed in the following official documents: Social Assistance Organic Law (LOAS), the National Social Assistance Political (PNAS), the National Classification of Social Assistance Services, Technical Guidelines: Specialized Reference Center for Social Assistance and the Basic Operational Standard for Human Resources (NOB-RH/SUAS). It was questioned as a research problem: What are the practices of knowledge, power and subjectivation that Psychology operates in CREAS? How? And what are the effects? Thus, the framing of the subject “psi” was investigated through the genealogical analysis of Psychology as a science of the individual, which privileges normalized and internalized subjectivity, in addition to its approximations with medical knowledge. The intercessions of the medicalization process with psychologization were also discussed; The institutionalization process of Social Assistance in Brazil and the instituting, instituted, transversal, self-management and restitution aspects that make up the interventions in CREAS. There was also a debate on the crossings and reproduction of personal and producing of confessional practices to Psychology under the truth regime and the familist focus on the accountability of assisted demands related to different rights violations. The following were listed as Analyzers: Socio-Family Matrix, Subject and Public served, Work Management, Social Assistance Surveillance, Territory, Risk and Social Vulnerability and the governmentality strategies in CREAS and the articulations with the security and control devices were analyzed. Another problematized issue was the psi knowledge as producers of subjectivation modes based on the entrepreneur ship of the self from the neoliberal art of governing, as well as the debate about the colonialities of power, being, gender, old men, with emphasis on the political participation of women in SUAS. And the contributions of decolonial feminism were also mapped with the intersectionalities of gender, race/ethnicity and class to decolonize psychology and break with the idea of an “expert” knowledge. Finally, we bet on micro and macro political articulations at CREAS and the meeting as a creator power, demedicalizing and depsychologizing. |
URI: | http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/2534 |
Appears in Collections: | Teses - Externas a UFRA |
Files in This Item:
File | Description | Size | Format | |
---|---|---|---|---|
A MEDICALIZAÇÃO NO CREAS.pdf | 1,63 MB | Adobe PDF | View/Open |
This item is licensed under a Creative Commons License